11/27/2010

A GUERRA NO RIO E A HISTÓRIA DO MINEIRINHO PACIENTE

Postado por Luís Filipe de Azevedo



Aquilo que só presenciávamos em filmes estamos vendo na vida real aqui no Rio de Janeiro. O interessante é que a semana iniciou com noticiários sobre a ameaça de um conflito do outro lado do mundo - ataque da Coréia do Norte a uma ilha sul-corena - mas o inesperado aconteceu aqui debaixo de nossos olhos. O crime organizado (facções criminosas) causou um verdadeiro caos no Estado, atendo fogo em inúmeros veículos de pessoas inocentes. Algumas vítimas saíram ilesas, outras, porém, não tiveram a mesma sorte. Por essa razão, a sociedade está alarmada, amedrontada e, por que não dizer, aterrorizada.

Cabe mencionar aqui o bom trabalho da polícia. As forças militares de nosso país tem se unido para guerrear contra os criminosos e aplacar sua ação nas comunidades que na verdade se tornaram quartéis das facções. Lugares como a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão.

A guerra no Rio foi provocada pela revolta dos traficantes contra a estratégia ofensiva da polícia em colocar as Unidades de Polícia Pacificadora em ação, para que assumessem o controle de áreas vitais para a distribuição de drogas, os criminosos reagiram com uma onda de violência sem precedentes – promoveram arrastões, incendiaram veículos e fizeram ataques a forças de segurança.

E, se a intenção dos criminosos era espalhar o terror, eles conseguiram. O contra-ataque dos criminosos soou como uma declaração de guerra às forças policiais. Liderado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), um grupo de 450 militares (entre Polícia Civil e Bope), com o apoio de nove blindados da Marinha, ocupou alguns morros da cidade. O resultado... você acompanha pela teve o tempo todo, nas programações dos tele-jornais.

Agora, eu te pergunto: como um verdadeiro cristão deve agir numa situação como essa? O que pensar diante dessa verdadeira guerra? Quando penso em refletir sobre tudo o que tenho ouvido e lido, lembro-me de uma história muito interessante que ouvi um amigo compartilhando numa pregação a muito tempo. Uma daquelas histórias usadas como ilustrações de mensagens sabe. Depois vim descobri que se tratava de uma história de um famoso padre, o Pe. Léo Tarcísio Gonçalves, falecido em janeiro de 2007. Vou reproduzir a história aqui, e a minha oração é que você, assim como eu fui, seja levado a uma reflexão sobre a verdadeira postura de um cristão. Confira a história (estória?) do Mineirinho Paciente.


Gosto muito da história daquele senhor mineiro que tinha uma paciência impressionante. Ele estava sentado em um bar, quando aconteceu um pequeno tumulto. Todos naquele bar silenciaram quando o noticiário da rádio local passou a informar sobre a possível Terceira Grande Guerra Mundial. Após a notícia o tumulto foi geral. Os comentários eram os mais diferentes e absurdos possíveis. Alguns afirmavam que os Estados Unidos já tinham vários mísseis apontados para o Oriente Médio. Outros diziam que o problema maior seriam os países comunistas. Um outro afirmou que a guerra começou no Golfo Pérsico. E assim por diante. Cada um emitia sua opinião sobre o assunto. Menos o "seu" Quinzinho, que continuava tranqüilamente sentado em seu cantinho.

Houve gente que saiu desesperada para buscar a família nas cidades vizinhas. Outro foi recolher o gado, outro ainda saiu desesperado para buscar o filho que estava jogando futebol. O dono do bar ficou impressionado com a calma e a paciência do "seu" Quinzinho, e chegou a pensar que o coitado fosse surdo. Afinal de contas, como alguém poderia ficar tão tranqüilo diante de uma notícia tão terrível? "O senhor escutou a notícia pelo rádio?" Perguntou o comerciante. Ao que "seu" Quinzinho responde: " Escutei sim. Parece que espocou a Terceira Guerra Mundial. Eu vi mesmo um comentário sobre este assunto!" Então o comerciante se encabulou de vez. "Como é que o senhor pode ficar aí sentado, quietinho, enquanto o mundo se apavora só com a possibilidade de estourar essa guerra? O senhor não percebe as terríveis conseqüências? De uma hora pra outra o mundo pode se acabar. Nós vamos ficar sem alimento, sem transporte e, o pior, como vamos manter a paz? E o senhor aí sossegado, parece que nem está se importando com o assunto! Seu Quinzinho, é a Terceira Guerra Mundial! As outras duas foram terríveis. Imagine agora uma guerra com todos esses armamentos modernos! Vai ser o fim do mundo!"

Calma e tranqüilamente, "seu" Quinzinho respondeu: "Olha, sr. Francisco, só podem acontecer duas coisas: ou a notícia é verdade ou é mentira. Então, se for mentira, eu não vou me preocupar; se for verdade, só podem acontecer duas coisas: ou o Brasil entra na guerra, ou o Brasil não entra na guerra.

Se o Brasil não entrar na guerra, eu não estou nem aí; se o Brasil entrar na guerra, só podem acontecer duas coisas: ou eles convocam o exército de Minas Gerais, ou eles não convocam o exército de Minas Gerais. Então, se não convocarem o exército de Minas Gerais, eu não estou nem aí; agora, se convocarem o exército de Minas Gerais, só podem acontecer duas coisas: ou eles chamam o Batalhão de Itajubá, ou eles não chamam o Batalhão de Itajubá. Então, se não chamarem o Batalhão de Itajubá, eu não estou nem aí; se chamarem o Batalhão de Itajubá, só podem acontecer duas coisas: ou eles chamam somente os soldados atuais ou eles não chamam somente os soldados atuais. Então, se só chamarem os soldados atuais, eu não estou nem aí; agora, se eles não chamarem só os soldados atuais, só pode acontecer duas coisas: ou eles convocam os que já deram baixa, ou eles não convocam os que já deram baixa. Se não convocarem os que já deram baixa, eu não estou nem aí; se convocarem os que já deram baixa, só podem acontecer duas coisas: ou eles me chamam ou eles não me chamam. Então, se não me chamarem, eu não estou nem aí. Se me chamarem, só podem acontecer duas coisas: ou eu me apresento ou eu não me apresento. Se eu não me apresentar, eu não estou nem aí. Se me chamarem, só podem acontecer duas coisas: ou eu vou ou eu não vou. Então, se eu não for, eu não estou nem aí; agora, se eu for, só podem acontecer duas coisas: ou eles me colocam no combate ou eles não me colocam no combate. Então, se eles não me colocarem no combate, eu não estou nem aí; agora, se me colocarem no combate, só podem acontecer duas coisas: ou me colocam mais à frente do pelotão, ou me colocam mais para trás. Então, se me colocarem mais pra trás, eu não estou nem aí; agora, se me colocarem mais pra frente, só podem acontecer duas coisas: ou eu sou ferido, ou eu não sou ferido. Então, se eu não for ferido, eu não estou nem aí; agora, se eu for ferido, só podem acontecer duas coisas: ou eu sofro um ferimento grave ou eu sofro um ferimento leve. Então, se for leve, eu não estou nem aí; agora, se for grave, só podem acontecer duas coisas: ou eu morro ou eu não morro. Então, se eu não morrer, eu não estou nem aí; agora, se eu for morrer mesmo, não adianta nada eu ficar preocupado agora!”

“E, sabe de uma coisa, minha vida está nas mãos de Deus! Eu não vou me preocupar, Deus está no controle de tudo!”

É isso mesmo! Nossa vida está nas mãos de Deus. Aconteça o que acontecer, Deus cuida de nós.

O que você achou dessa história, você acha que a postura de cristão do Sr. Quinzinho está correta? Ou você acha que a postura dele é muito passiva, inoperante no que tange ao verdadeiro cristianismo? Como está o seu coração diante das últimas notícias que temos recebido da mídia sobre o Rio de Janeiro? Como você tem orado, se é que você tem orado? O que você tem comentado sobre essa verdadeira guerra?

Espero seu comentário... um abraço!

Pr. Luís Filipe.


3 comentários :

historia do padre leo ne pastor.....

Márcia disse...

saudades do pe. Leo.

Sandra disse...

Pastor, amei a história do seu Quinzinho. Esta guerra no Rio, já passou e outras virão porque o mundo está perdididinho. Confesso que me preocupo ao mesmo tempo que coloco minha vida e dos meus amados nas mãos de Deus. Mas, mesmo confiando em Deus, que da medo dá. Pastor aproveitando, gostaria que o sr explicasse para leigo o que vem q ser no princípio era o verbo. Porque verbo? Não consigo entender embora sei que fala de Jesus. Muito obrigada