5/28/2009

RAÍZES PROFUNDAS E FRUTOS NO TOPO

Postado por Luís Filipe de Azevedo


“Porque o que escapou da casa de Judá e ficou de resto
tornará a lançar raízes para baixo e dará fruto para cima” 2 Rs 19.30. RA

Deus fez várias promessas ao rei Ezequias através do ministério do profeta Isaías, uma delas foi a garantia de que o remanescente de Judá, aqueles que haviam escapado das mãos de Senaqueribe, rei da Assíria, e de muitos outros, os sobreviventes da Casa de Judá, tornariam a lançar raízes na terra e produziriam novos frutos em cima nos seus ramos.

Raízes para baixo e frutos para cima. Raízes profundas e frutos no topo. Uma associação inquestionável. Inicialmente, é preciso ressaltar que a raiz não depende do fruto, mas o fruto depende diretamente da raiz. Outra observação importante é que a raiz é a parte da planta ou da árvore que permanece oculta, isto é, escondida debaixo do solo. Entretanto, ela é vital para a sustentação das mesmas e imprescindível na produção de bons frutos. Estes, que por sua vez, se elevam para o alto, para o topo, à vista de todos.

Aplicando à vida cristã, devemos considerar que a maior preocupação de todo cristão deve ser com a raiz, haja vista que o fruto é o resultado da raiz. O cristão precisa e pode dar muito fruto, todavia, se ele não der importância à raiz a árvore vai secar e será lançada ao fogo (Mt 7.19).

Entendamos de uma vez por todas, é por meio da raiz que a planta se forma, se alimenta, cresce e dá fruto. As raízes se arrastam sob a superfície do solo até os veios d’água e dele se abastecem (Jr 17.8).

Outra coisa importantíssima que devemos notar é que todo fruto na verdade é uma conseqüência natural da raiz. O segredo está na raiz! O SEGREDO ESTÁ NA RAIZ! Na parábola do semeador, Jesus deixou bem claro essa verdade: que a semente lançada em solo rochoso perde-se por completo, por que? Porque ao sair a plantinha, o sol a queima e por não ter raiz a planta morre, dura pouco. (Mt 13.1-23). É a raiz que dá sustentação à planta.
Deixando de lado a alegoria, raízes falam de relacionamento com Deus. Por isso elas devem ser profundas.

Sua piedade pessoal deve ser autêntica e profunda; sua vida devocional de ser intensa e sincera;
A tentação de se preocupar mais com os frutos do que com as raízes é enorme por causa da satisfação pública. Os frutos estão no topo e não na profundidade da terra. É a tendência humana natural zelar pela aparência mais do que por algo que está entranhável nas profundezas da alma.

Que Deus tenha misericórdia de nós!


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JESUS É A PORTA

Postado por Luís Filipe de Azevedo


Jesus disse:

“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (João 10:9)

No capítulo 10 do Evangelho de João aparece 5 vezes a palavra porta (vv. 1, 2, 3, 7, 9). E em duas delas Jesus se declara a porta (vv. 7, 9). Porta é abertura feita para proporcionar entrada e saída. Acesso principal a algum lugar. No sentido figurado, porta é o meio pelo qual se estabelece comunicação ou transição para o outro.

Os estudiosos encontram certa dificuldade de entender esta figura de linguagem haja vista estar inserida em um contexto que fala de outro assunto. Nos versículos que precedem e sucedem ao texto que lemos, Jesus diz ser o pastor que chama suas ovelhas e as guia para fora do cercado, para campos onde podem pastar em segurança; aqui ele diz ser a porta através da qual elas podem entrar e sair do curral. Como vimos, temos uma parábola extremamente curta, onde Jesus se compara a uma porta, dentro de outra mais longa em que ele diz ser um pastor. O Fato é que muitos chegam à conclusão que o “Eu sou a porta” não é muito diferente do “Eu sou o caminho” de João 14.6; é natural chamarmos Jesus de porta ou caminho para a salvação. Ambos estão intimamente ligados na linguagem do Evangelho de Mateus quando ele registra as palavras de Jesus sobre a Porta Estreita e a Porta Larga.

Em Mateus 7.13-14 está escrito:

“Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram.”

Jesus, o grande Eu SOU, é a porta de entrada para a verdadeira igreja, e o caminho de acesso para o próprio Deus. Ele dá ao homem que vai a Deus por meio Dele quatro privilégios especiais:

1. O Privilégio da Salvação - Será salvo.

O homicida fugitivo passou pelos portões da cidade de refúgio e foi salvo.

Noé entrou pela porta da arca e ficou em segurança.

Aqueles que reconhecem e aceitam Jesus como a porta da fé para suas almas não ficam perdidos.

O acesso à paz por meio de Jesus é a garantia de entrada nos céus.

Jesus é a única porta, uma porta aberta, uma porta estreita, porém acessível, uma porta segura; e bem-aventurado é aquele que coloca toda a sua esperança de entrar na glória atreves do Redentor crucificado.

2. O Privilégio de Entrar - Entrará.

Ele terá o privilégio de entrar para a família divina, compartilhando do pão dos filhos de Deus e participando de todas as suas honras e prazeres.

Ele entrará nos aposentos da comunhão, nos banquetes do amor, nos tesouros da aliança, nos depósitos das promessas.

Entrará na presença do Rei dos reis no poder do Espírito Santo e os segredos do Senhor estarão com ele.

3. O Privilégio de Sair - Sairá.

Esta é uma benção muito esquecida. Somos enviados ao mundo para labutar e sofrer, mas que bênção é ir, em nome e no poder de Jesus! Somos chamados a dar testemunho da verdade, a animar os abatidos, a admoestar os descuidados, a ganhar almas e a glorificar a Deus; e, como o Anjo disse a Gideão: "Vai nessa tua força" (Jz. 6.14), da mesma forma o Senhor nos faria prosperar como Seus mensageiros, em Seu nome e em Sua força.

4. O Privilégio de Achar Pastagem - Achará pastagem.

Aquele que conhece a Jesus jamais terá falta.

Entrar e sair será igualmente útil para ele: na companhia de Deus ele crescerá, e regando os outros ele será regado.

Fazendo de Jesus seu tudo, ele encontrará tudo em Jesus. Sua alma será como um jardim regado e como um poço cujas águas jamais secarão.

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A GLORIA DE DEUS NO VALE

Postado por Luís Filipe de Azevedo

Leia Ezequiel 3.22-23


Quantas vezes eu me sinto num profundo vale! Porém, eu descobri uma coisa, que eu posso ver a glória do Senhor no vale. Quando a mão do senhor está sobre mim; quando eu sou ungido pelo Espírito Santo; quando eu entendo que recebi do Senhor autoridade espiritual; quando eu me humilho diante do Todo-Poderoso e caio com o rosto em terra, sei que a mão do Senhor irá me levantar para que eu possa ver a glória Deus no vale.

Não existe uma só pessoa entre nós que ainda não tenha vivenciado um período de vale na sua vida, muitas vezes chorando e gemendo, em insônias e sobressaltos.

Como Jacó, no vale do medo.
Como João, no vale da dúvida.
Como Elias, no vale da solidão.
Como Paulo, no vale da perseguição.
Como Jô, no vale da dor e da perda de todos os bens.
Como José, no vale da tentação mais atroz.
Como Samuel, no vale da ingratidão.
Como Davi, no vale do quebrantamento ou no vale da sobra da morte.
Ou como Jesus no vale da sua vontade e da vontade do Pai.

Em todos esses casos, o período de vale sempre foi o período de ver a glória de Deus sendo revelada.

Jacó entrou no vale como enganador e saiu como príncipe de Deus
João entrou no vale duvidoso e saiu com revelações até então nunca reveladas tão às claras daquilo que havia de vir no futuro.
Elias, na sua solidão, viu a glória de Deus revelada numa voz mansa e suave de um profundo silêncio.
Pulo no meio de injúrias e perseguição teve a visão do próprio Deus que lhe disse: “Eu estou contigo”.
Jô no fundo do vale, tendo perdido seus bens, amigos, mulher, empregados, coberto de enfermidades, pode dizer: “eu te conhecia de ouvir falar, mas agora meus olhos te vêem”.
Enfim, todos viram a glória de Deus no vale!

Não há vale tão profundo, tão escuro, tão árido, onde o servo de Deus não possa ver a glória de Deus.

Basta humilhar-se, prostrar-se aos pés do Senhor como Ezequiel, para entender, assim como o profeta entendeu, que Deus é onipotente (1.24); que Deus é soberano (1.28); e que Deus revela sua glória àqueles que diante dele se humilham (1.28).

Veja você também a gloria de Deus no vale.

É o próprio Deus que nos conduz ao vale.
O vale é a escola da humildade
No vale ouvimos mais atentamente a voz de Deus
No vale é mais difícil desviarmos a atenção do Deus
No vale Deus tem mais liberdade para agir em nossas vidas
No vale o homem fica mais sensível a Deus
No vale contemplamos as virtudes e os atributos de Deus
O vale é comparado à pausa de uma musicaO vale é local de treinamento da ser usado por Deus

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